sábado, 23 de janeiro de 2010

FIM

O fim é uma coisa vaga. Pode ser o fim de um filme – algo que você pode ver e rever quantas vezes desejar -, o fim de uma vida – algo eterno -, o fim de um amor – algo a se pensar – e, simplesmente... Fim.
Pode ser algo repentino – você esta na sua casa e alguém te liga desesperado. Algo que você sabe que vai acontecer – aquela musica melosa começa a tocar e os créditos aparecem. Pode surgir de uma conversa/briga – o final chega e vocês choram; é melhor isso do que sofrerem juntos.
O mais incrível disso tudo é que as pessoas interpretam o fim como uma coisa ruim. Mas, muitas vezes não é.
Por exemplo, se a pessoa teve um fim em sua vida, talvez seja melhor do que sentir dor, sofrer... Se a música acabou, é bom para que outra possa tocar (ou você possa fugir daquele Caplypso/D’javu tenso Q). Se o namoro, ou até mesmo o amor acabou, é melhor isso do que ter um relacionamento baseado em mentiras.
O fim nem sempre é definitivo. O fim de uma ação da o início a outra, coisas assim #criatividadefail
O fim certamente nos leva para seu motivo: o começo!
Fim.
Começo.
Fim.



FIM

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Angústia

Dez para a meia-noite. Começam os preparativos. O coração se prepara para bater mais rápido, a respiração começa a ficar mais rápida, os olhos se movem rápidos, a mão treme, anunciando que o começo está logo ali.

Nove para a meia-noite. Os dedos correm rápidos e desesperados, querendo o fim próximo. O coração se acelera rapidamente.

Oito para a meia-noite. O desespero por notícias fica evidente na face. Os dedos dançam na mesa, acompanhados por um ritmo continuo efetuado pelas pernas.
Sete para a meia-noite. A mente procura por algo para fazer, antes que o medo a domine. As pessoas falam, mas nada é absorvido.

Seis para a meia-noite. O suor começa a dizer “oi”, mas bem vagamente. O cabelo precisa ser preso para suportar o calor do nervosismo.

Cinco para a meia-noite. Preparativos quase prontos. Coração e respiração aos seus postos para a corrida. Os olhos se preparam para não perder nada.

Quatro para a meia-noite. Rápida ida ao banheiro, a bexiga decidiu chamar a atenção justo agora. A perna bambeia no caminho inteiro.
Três para a meia-noite. O corpo se mexe todo, procurando uma posição aceitável para se ficar. As costas são remexidas e fazem um som aliviador.

Dois para a meia-noite. O site é aberto e a expectativa aparece dando pulinhos e rodopios. As letras passam nas frentes dos olhos, mas eles não se importam.

Um para a meia-noite. A hora se aproxima cada vez mais. A corrida entre coração e respiração já começou – ambos correm rapidamente. A mão tenta ficar estável, assim como a perna.

Meia-noite. O dedo clica e tudo se esvai ao ver. A angustia voa, os tremores somem, o olho fica parado, coração e a respiração decidem parar com a corrida. Suspiro.

Meia-noite e um. Frustração.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dor

Dor pode ser entendida de vários modos, e separada em três tipos: dor física, dor psicológica e dor de amor. Poucos sabem, poucos entendem.
De fato uma coisa é certa: dor física se cura, dor psicológica se supera, dor de amor não.
Se você ralar o joelho, passa mertiolate, põe bandaid, passa pomada e espera. A dor passa. Nem que seja algo horrível, quase insuportável, como cortar entre os dedos com folha sulfite e –N, ou sofrer um acidente, coisas marcantes.

A dor psicológica é mais difícil de tratar. Pode ser pela perda de alguém querido, uma notícia ruim, uma doença, dor de discussão, ou até mesmo uma nota baixa, que seja.
Mas nenhuma dor é tão ruim quanto a dor do amor.

A dor do amor é aquela que você sente quando alguém te diz adeus, quando alguém te diz “não”, quando aquilo que vocês tinham de especial acaba, quando ele não sabe de você, coisas banais aos olhos dos outros, mas coisas importantes para você.

Jeito de curar: não há.
Jeito de superar: não há.

Jeito de continuar a viver: amar.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Bilhete

"Guardei esse envelope por tanto tempo que nem me lembrava mais dele! Achei que já havia colocado fogo. Não coloquei. Guardei. Para me lembrar dele. Meu primeiro e único amor.
É, isso aconteceu comigo, no primeiro dia de aula, ele entrou na escola. Amor a 1ª vista! Inesquecível.
Mandava poucos "ois", para não dar bandeira! Mas, certo dia resolvi contar. A ansiedade era tanta, TANTA!
Berrei:'Te Amo!!'
Toda a sala ouviu. Ele entendeu. Me olhou, me admirou.
Na hora do recreio, dentro da minha bolsa tinha um bilhete. O dele, o inesquecível.
Nele estava escrito:'Te Amo!'
Chorei!"


Começar algo novo com algo velho.